Que me aprisionam ao silêncio, solidão, insônia
Escrava da minha ânsia, porém senhora dos meus pensamentos
Por fim, torno-me amante de um caderno
Pois é só o que me resta, só este me suporta
Numa dança de palavras e ideias
Quase que ao mesmo tempo ato-me e desato-me
De cada uma delas
Mas logo a inércia vem
Vem me dar seu colo
E como quem protege a sua cria
Tenta enfrentar as inquietações
Que turbilham na minha mente
Porém, para minha surpresa...
O silêncio torna-se submisso ao som do vento
Que com total arrogância e prepotência
Liberta-me deste estado de torpor
Trapaceiro e egoísta como é
Por segundos me confunde e me distrai
Fingindo ser as ondas quebrantes do mar
E num estalo tenho meu pensar e atenção
Que antes não eram mais de ninguém
Agora são todos para si.
Em 2010
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